No NE10 [matéria publicada em 03.06.2011, às 22h40]:
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Talvez a pressa com que o redator produziu a mensagem justifique os equívocos de ordem ortográfica e sintática destacados na matéria acima. Acredita-se que o produtor do texto tenha desejado escrever enquaDRAdoao invés de enquaDRANdo; BOMbeiros ao invés de BAMbeiros; eaGRESSÃO ao invés de aGREÇÃO. Os dois primeiros deslizes ortográficos podem ser creditados a fatores, por assim dizer, "mecânicos"... Os tais erros de digitação. Acontece... Acontece, embora os puristas midiáticos que meteram o pau na obra recomendada pelo MEC [aqui] não se sentiriam dispostos a perdoar tamanha afronta ao padrão ortográfico vigente. Sobretudo em relação ao terceiro deslize.
Como reza o guia ortográfico oficial - em conformidade com a norma dita padrão, culta -, palavras derivadas de verbo com segmento -GRED- devem ser escritas com segmento -GRESS-. Daí, grafar-se:
Como reza o guia ortográfico oficial - em conformidade com a norma dita padrão, culta -, palavras derivadas de verbo com segmento -GRED- devem ser escritas com segmento -GRESS-. Daí, grafar-se:
- aGREDir =aGRESSão/aGRESSivo;
- proGREDir = proGRESSão/proGRESSista;
- transGREDir = transGRESSão/transGRESSor.
- "O Manifestantes" ["Desvio" de concordância nominal] - Discordância nominal primária, porquanto, segundo a norma padrão culta da língua, o artigo deve concordar em gênero e em número com o substantivo a que se refere. OS MANIFESTANTES ao invés de O MANIFESTANTE.
- "Agreção à um coronel" ["Desvio" no uso do acento indicativo da crase] - O substantivo agressão [termo regente] se relaciona ao termo regidocoronel por meio da preposição A, de forma adequada. Enretanto o termo regido é introduzido pelo artigo indefinido masculino UM e, neste caso, é proibitivo o uso do acento indicativo da crase. O princípio básico para a ocorrência obrigatória do uso do sinal grave é: termo regente exige preposição A e o termo regido admite artigo feminino A[S]. Como se pode observar, no texto original, isso não ocorre.
Leia máis no premêro facicru, premêra fôia, aqui.
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Nota da editora-geral: a postagem tem efeito pedagógico e se posiciona contra todo e qualquer preconceito linguístico, sobretudo, contra aquele que é disseminado pela mídia letrada [?] que defende com unhas e dentes o que não consegue sustentar em poucas linhas.
Não defendemos, como muitos pensam inadvertidamente, o fim do ensino da norma dita padrão [variante privilegiada socialmente], apenas, não toleramos os arautos que discriminam [etnicamente, socialmente, culturalmente] outras formas de dizer o que nos circunda.
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