Embora seja mais virado para o público brasileiro também dá perfeitamente para ser adoptado por nós portugueses.
E até já ficava o acordo ortográfico feito de uma vez por todas!
Eis aqui um programa de cinco anos para resolver o problema da falta de autoconfiança do brasileiro na sua capacidade gramatical e ortográfica.
Em vez de melhorar o ensino, vamos facilitar as coisas, afinal, o português é difícil demais mesmo.
Para não assustar os poucos que sabem escrever, nem deixar mais confusos os que ainda tentam acertar, faremos tudo de forma gradual.
No primeiro ano, o "Ç" vai substituir o "S" e o "C" sibilantes, e o "Z" o "S" suave. Peçoas que açeçam a internet com freqüênçia vão adorar, prinçipalmente os adoleçentes. O "C" duro e o "QU" em que o "U" não é pronunçiado çerão trokados pelo "K", já ke o çom é ekivalente. Iço deve akabar kom a konfuzão, e os teklados de komputador terão uma tekla a menos, olha çó ke koiza prátika e ekonômika .
Haverá um aumento do entuziasmo por parte do públiko no çegundo ano, kuando o problemátiko "H" mudo e todos os acentos, inkluzive o til, seraum eliminados. O "CH" çera çimplifikado para "X" e o "LH" pra "LI" ke da no mesmo e e mais façil. Iço fara kom ke palavras como "onra" fikem 20% mais kurtas e akabara kom o problema de çaber komo çe eskreve xuxu, xa e xatiçe.
Da mesma forma, o "G" ço çera uzado kuando o çom for komo em "gordo", e çem o "U" porke naum çera preçizo, ja ke kuando o çom for igual ao de "G" em "tigela", uza-çe o "J" pra façilitar ainda mais a vida da jente.
No terçeiro ano, a açeitaçaum publika da nova ortografia devera atinjir o estajio em ke mudanças mais komplikadas serão poçiveis. O governo vai enkorajar a remoçaum de letras dobradas que alem de desneçeçarias çempre foraum um problema terivel para as peçoas, que akabam fikando kom teror de soletrar. Alem diço, todos konkordaum ke os çinais de pontuaçaum komo virgulas dois pontos aspas e traveçaum tambem çaum difíçeis de uzar e preçizam kair e olia falando çerio já vaum tarde.
No kuarto ano todas as peçoas já çeraum reçeptivas a koizas komo a eliminaçaum do plural nos adjetivo e nos substantivo e a unificaçaum do U nas palavra toda ke termina kom L como fuziu xakau ou kriminau ja ke afinau a jente fala tudo iguau e açim fika mais faciu. Os karioka talvez naum gostem de akabar com os plurau porke eles gosta de eskrever xxx nos finau das palavra mas vaum akabar entendendo. Os paulista vaum adorar. Os goiano vaum kerer aproveitar pra akabar com o D nos jerundio mas ai tambem ja e eskuliambaçaum.
No kinto ano akaba a ipokrizia de çe kolokar R no finau dakelas palavra no infinitivo ja ke ningem fala mesmo e tambem U ou I no meio das palavra ke ningem pronunçia komo por exemplo roba toca e enjenhero e de uzar O ou E em palavra ke todo mundo pronunçia como U ou I, i ai im vez di çi iskreve pur ezemplu kem ker falar kom ele vamu iskreve kem ke fala kum eli ki e muito milio çertu? os çinau di interogaçaum i di isklamaçaum kontinuam pra jente çabe kuandu algem ta fazendu uma pergunta ou ta isclamandu ou gritandu kom a jenti e o pontu pra jenti sabe kuandu a fraze akabo.
Naum vai te mais problema ningem vai te mais eça barera pra çua açençaum çoçiau e çegurança pçikolojika todu mundu vai iskreve sempri çertu i çi intende muitu melio i di forma mais façiu e finaumenti todu mundu no Braziu vai çabe iskreve direitu ate us jornalista us publiçitario us blogeru us adivogado us iskrito i ate us pulitiko i u prezidenti olia ço ki maravilia.
Fábulas
[No Com Texto Livre]
4 comentários:
Gostei do texto e até estava pensando em reproduzí-lo no meu blog, com os devidos créditos. Porém, ao verificar no último parágrafo que houve de sua parte um certo deboche e menosprezo ao comportamento do brasileiro quanto à sua maneira de escrever, mudei de ideia. Se fizer essa correção, publicou-o com todo o prazer. Apesar da criação não ser tão inédita, o texto é interessante.
Caro Geraldo Pascoal, boa tarde!
Quero dizer, inicialmente, que é um prazer poder manter contato com o senhor e com o seu blog.
Em relação à postagem [O Futuro da Língua Portuguesa], gostaria de fazer alguns esclarecimentos e dirimir qualquer possível dúvida no que concerne a "um certo deboche e menosprezo ao comportamento do brasileiro quanto à sua maneira de escrever", vindo de minha parte.
Não sou o autor do texto [a origem e autoria, devidamente creditadas por meio de link, encontram-se na parte inferior: Fábulas], de modo que não ousaria "corrigi-lo", eliminando o segmento em que há, de fato, uma galhofa direcionada aos brasileiros.
Entretanto, vale notar que o parágrafo a que o senhor se refere inclui, em seu início, não só os brasileiros, mas "todu mundu" para, em seguida, especificar "todu mundu no Braziu".
O que eu quero colocar é que a publicação do texto se deveu mais à criatividade de quem o produziu do que a um possível preconceito contra os brasileiros [ressalve-se, ainda, que, no primeiro parágrafo, a autora diz que "Embora seja mais virado para o público brasileiro também dá perfeitamente para ser adoptado por nós portugueses."]. Galhofas, galhofas... nada mais.
Afinal, quantas e quantas vezes ouvimos piadas de menosprezo e radical preconceito contra os lusos?
Particularmente, não vi algo desabonador no último parágrafo pelas razões que aleguei, por isso o publiquei ou "rebloguei" [numa linguagem da blogosfera] no Terra Brasilis Educacional.
Ademais, o texto aborda alguns aspectos ortográficos de forma criativa e "interessante", como o senhor mesmo afirma. Quanto ao fato de "a criação não ser tão inédita", eu realmente só posso informar que nunca estive diante de um texto com este teor e produzido da forma como foi produzido.
Finalmente, quero dizer que a minha formação é linguística e tenho um imenso respeito pelas variantes linguísticas diferentes da variação de maior prestígio na sociedade [a chamada norma padrão].
Quero, aqui, afirmar o meu apreço por sua opinião, embora com ela eu não concorde inteiramente.
Grande abraço e parabéns pelo Pascoal on line!
Caro DiAfonso,
Boa Tarde
Gostaria que me desculpasse pelo tropeço. Realmente me apressei em tecer considerações sem levar em conta dois detalhes que me passaram despercebidos: o de não ter visto o crédito da autoria e o "todu mundu".
Vou postar o texto em meu blog, sim.
Obrigado pelos esclarecimentos e pelo elogio ao meu blog.
Não tenho formação acadêmica. Sou apenas um aposentado que preenche o tempo divulgando a minha cidade e região.
Um grande abraço e parabéns também pelo seu blog.
Caro "cumpadi" [assim chamo os meus amigos] Geraldo Pascoal,
Não há de que se adscurpa, hômi! O que houve foi apenas uma leitura apressada e isso acontece com todo mundo.
Formação acadêmica não e tudo e nem nunca será. Eu, por exemplo, embora tenha esse tipo de formação, tenho um enorme gosto pelo autodidatismo e pela prosa com os cumpadis com quem estou sempre aprendo.
Estou doido para me aposentar. Compartilhar a vida com meus filhos [três homens e uma menininha de 1 ano e 4 meses] e netos [mais adiante], ler, escrever, blogar e indicetra e tá! rsrs
Grande abraço!
Qualquer coisa, mande as ordens!
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