Quarto maior lago do mundo na primeira metade do século 20, o Mar de Aral, na Ásia Central, é um dos mais dramáticos casos de destruição ambiental causada exclusivamente pelo homem
Por Eduardo Araia Fotos: Zhanat Kelenov/Fototeca Unesco
Quando a ecologia for disciplina de primeiro grau nas escolas do mundo, os pequenos alunos com certeza aprenderão sobre a tragédia que se abateu sobre o Mar de Aral.
Dificilmente se encontrará um exemplo tão didático e revoltante da capacidade do homem de intervir desastrosamente na natureza quanto o da agonia desse que chegou a ser o quarto maior lago do mundo.
Localizado na Ásia Central, entre duas antigas repúblicas soviéticas – o Casaquistão e o Usbequistão –, o Aral ocupava originariamente uma área de 68.300 km2, o equivalente a duasHolandas. Suas águas salgadas eram abastecidas principalmente por dois extensos rios, o Syr Darya e o Amu Darya, cujas bacias hidrográficas se estendem por outros países vizinhos – o Tadjiquistão, o Quirguistão e o Turcomenistão, além do Afeganistão e do Irã –, cobrindo uma área total que beira os dois milhões de quilômetros quadrados.
É UMA REGIÃO de terras áridas e semi-áridas, e por isso mesmo a irrigação artificial lá é muito antiga: há indícios de que ela já era usada há mais de dois mil anos, sempre de forma sustentável. Mas a grande mudança nesse sentido começou na década de 1930, quando os governantes soviéticos decidiram transformar a área, economicamente inexpressiva, numa grande produtora de algodão. A fibra, chamada na época de “ouro branco”, era fonte certa de divisas numa época difícil da economia mundial.
As práticas de plantio tradicionais da região deram lugar a uma agricultura de irrigação intensiva, graças à construção de grandes canais – o maior deles, o Kara Kum, foi aberto em 1956 para desviar parte das águas do Amu Darya.
Por Eduardo Araia Fotos: Zhanat Kelenov/Fototeca Unesco
Quando a ecologia for disciplina de primeiro grau nas escolas do mundo, os pequenos alunos com certeza aprenderão sobre a tragédia que se abateu sobre o Mar de Aral.
Dificilmente se encontrará um exemplo tão didático e revoltante da capacidade do homem de intervir desastrosamente na natureza quanto o da agonia desse que chegou a ser o quarto maior lago do mundo.
Localizado na Ásia Central, entre duas antigas repúblicas soviéticas – o Casaquistão e o Usbequistão –, o Aral ocupava originariamente uma área de 68.300 km2, o equivalente a duasHolandas. Suas águas salgadas eram abastecidas principalmente por dois extensos rios, o Syr Darya e o Amu Darya, cujas bacias hidrográficas se estendem por outros países vizinhos – o Tadjiquistão, o Quirguistão e o Turcomenistão, além do Afeganistão e do Irã –, cobrindo uma área total que beira os dois milhões de quilômetros quadrados.
É UMA REGIÃO de terras áridas e semi-áridas, e por isso mesmo a irrigação artificial lá é muito antiga: há indícios de que ela já era usada há mais de dois mil anos, sempre de forma sustentável. Mas a grande mudança nesse sentido começou na década de 1930, quando os governantes soviéticos decidiram transformar a área, economicamente inexpressiva, numa grande produtora de algodão. A fibra, chamada na época de “ouro branco”, era fonte certa de divisas numa época difícil da economia mundial.
As práticas de plantio tradicionais da região deram lugar a uma agricultura de irrigação intensiva, graças à construção de grandes canais – o maior deles, o Kara Kum, foi aberto em 1956 para desviar parte das águas do Amu Darya.
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