Livro didático de língua portuguesa adotado pelo MEC (Ministério da Educação) ensina aluno do ensino fundamental a usar a “norma popular da língua portuguesa”.
O volume Por uma vida melhor, da coleção Viver, aprender, mostra ao aluno que não há necessidade de se seguir a norma culta para a regra da concordância. Os autores usam a frase “os livro ilustrado mais interessante estão emprestado” para exemplificar que, na variedade popular, só “o fato de haver a palavra os (plural) já indica que se trata de mais de um livro”. Em um outro exemplo, os autores mostram que não há nenhum problema em se falar “nós pega o peixe” ou “os menino pega o peixe”.
Ao defender o uso da língua popular, os autores afirmam que as regras da norma culta não levam em consideração a chamada língua viva. E destacam em um dos trechos do livro: “Muita gente diz o que se deve e o que não se deve falar e escrever, tomando as regras estabelecidas para norma culta como padrão de correção de todas as formas lingüísticas”.
E mais: segundo os autores, o estudante pode correr o risco “de ser vítima de preconceito linguístico” caso não use a norma culta. O livro da editora Global foi aprovado pelo MEC por meio do Programa Nacional do Livro Didático.
10 comentários:
Não sei para que a gente precisa estudar, podemos falar do gento que der na nossa cabeça.
Isso que o nossos governantes querem da gente: sempre ser um povo sem nenhuma cultura.
Caro Jonas Lorenzini, boa noite.
Não é bem assim, pelo menos se considerarmos o enfoque do tema por outro ângulo.
A questão não é falar do jeito que nos der na cabeça, mas em conformidade com o contexto em que a situação de comunicação está inserida.
Falar de modo diverso do que define a gramática normativa não significa não ter cultura, mas se trata de uma cultura diferente [nem melhor, nem pior].
O problema está em achar que quem fala "nós vai" não tem cultura. Isso é um engano e um preconceito linguístico.
Grande abraço e obrigado pelo comentário.
Caro Jonas Lorenzini, boa noite.
Não é bem assim, pelo menos se considerarmos o enfoque do tema por outro ângulo.
A questão não é falar do jeito que nos der na cabeça, mas em conformidade com o contexto em que a situação de comunicação está inserida.
Falar de modo diverso do que define a gramática normativa não significa não ter cultura, mas se trata de uma cultura diferente [nem melhor, nem pior].
O problema está em achar que quem fala "nós vai" não tem cultura. Isso é um engano e um preconceito linguístico.
Grande abraço e obrigado pelo comentário.
Caro Professor, adorei os seus dois artigos sobre o assunto e coloquei um "link" para essa postagem no meu blog em reinaldosagica.blogspot.com
Continue sempre trazendo a luz do conhecimento para todos.
Caro Prof. Reinaldo Sagica,
Grato pelo comentário. Já estou lá no seu excelente blog.
Grande abraço!
Considero tarefa demasiadamente complexa, discutir com mentes colonizadas, partindo do conhecimento de que a língua é uma construção social e, como tal, está imersa nas relações de poder.E, sabemos muito bem, que em nosso país, o preconceito linguístico está atrelado a tantos outros, que igualmente perversos, excluem, mutilam, silenciam. A questão não é retirar do outro o direito de adquirir a norma privilegiada,mas de não aceitá-lo em sua identidade de falante nativo,com suas marcas culturais, emocionais, humanas. Exclusão maior.
Grande abraço, professor.
Safyha,
Perfeito comentário!
Grande abraço!!!!
Êita, ia mi isqueceno, Safyha:
bote seus blog pra funcioná! Serei um seguidô fiel.
xêru!
rsr...
http://www.palavrasdevidro.blogspot.com.br/
Preciso aprender mais sobre como funciona essa ferramenta. Aqui foi só uma tentativa,rsr, Obrigada.
Na blogosfera, há tutoriais ensinando a usar o blogger. Veja aí... rsrs
xêru
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